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domingo, 10 de abril de 2011

Meu Jogo Inesquecível: Suzana Pires e o gol de Maurício do Bota 'poético'

O grito entalado na garganta. Uma espera que durou 21 anos. Para os botafoguenses que tiveram de aguentar as constantes provocações dos rivais em um período de escassez de títulos, assistir àquele gol de Maurício aos 12 minutos do segundo tempo do dia 21 de junho de 1989 foi como lavar a alma. A emoção que contagiou os mais experientes chegou até os torcedores mais jovens, ainda sem muita noção do que significava aquela vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo.

Suzana Pires (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Suzana Pires lembra conquista de 1989 do Borafogo (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)

Lágrimas e sorrisos se confundiram no instante do gol e misturaram os sentimentos de quem viveu parte desse período de espera. Foi o caso da atriz e escritora Suzana Pires, a Janaína da novela "Araguaia", da Rede Globo.
- Era a maior expectativa. O Botafogo não ganhava alguma coisa há muito tempo. E eu estava tensa. Não lembro detalhes, mas recordo que foi emocionante. Estava com alguns amigos comigo e comemoramos muito. Eu era muito nova na época (13 anos) e não tinha a experiência de viver isso, de ficar muito tempo sem ganhar alguma coisa. Mas algumas pessoas que eu via estavam bem emocionadas, chorando, há muito tempo não tinham esse tipo de emoção – disse, lembrando que o resultado cortou as seguidas provocações de um primo flamenguista.


Aquela partida ajudou a ratificar a paixão já adquirida com o tempo, mesmo tendo em casa a influência de pais tricolores. Mas um fato inusitado havia deixado naquela temporada Suzana mais identificada com o clube.

Na época com 13 anos, ela já via de perto alguns dos heróis.
- Eu morava em um prédio aqui na Barra da Tijuca em que também moravam vários jogadores. E eu não tinha time na época. Aí era vizinha do Gottardo, do Paulinho Criciúma, do Espinoza (treinador) e achava isso maneiríssimo. Mas uma coisa que me fez gostar mais do Botafogo foi a camisa, eu a acho linda. Essa estrela solitária... O Botafogo tem algo poético. São várias coisas, mas o que me chama a atenção é essa coisa poética. E adoro o Garrincha.

Campeão do returno daquele ano, o Botafogo chegou à decisão contra o Flamengo (campeão do turno) com um ponto de vantagem por ter feito melhor campanha geral. No primeiro jogo, em 18 de junho, um empate sem gols foi bom para o Alvinegro. Para ser campeão, o finalista teria que chegar a quatro pontos (na época, vitória valia dois). Um triunfo na segunda partida, em 21 de junho, significou a conquista tão esperada pelos torcedores alvinegros. Se houvesse igualdade ou vitória rubro-negra, seria necessária uma terceira e decisiva partida.

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