Aliado da presidente Dilma Rousseff, governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, diz que a eleição de 2014 será marcada por
um novo ciclo político; "É preciso que os governantes saibam o seguinte:
a fila anda. Quando você termina um serviço não é hora de descansar, é
hora de pegar noutro, porque sempre está faltando alguma coisa";
presidente do PSB frisou que não tomará nenhuma decisão para atrapalhar a
administração federal, mas fez questão de lembrar que o partido só
ficou na base aliada do governo em 2010 por um pedido de Lula
31 de Julho de 2013
PE247 – Autor do discurso de que "é possível
fazer mais", o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi um
pouco além em sua fala durante evento no Sertão pernambucano, nesta
terça-feira 30. "A fila anda", disse o presidente do PSB e provável
candidato à presidência da República em 2014. Segundo ele, a disputa do
próximo ano será marcada por um novo ciclo político e é preciso estar
sintonizado com o sentimento da população, que saiu às ruas no mês de
junho.
"É preciso que os governantes saibam o seguinte: a fila anda. Quando
você termina um serviço não é hora de descansar, é hora de pegar noutro,
porque sempre está faltando alguma coisa", disse, numa fala que lembra
sua campanha do PSB desse ano, transmitida em rádio e televisão. O
governador acrescentou que, no ato de governar, estão sempre surgindo
coisas novas. "Você termina uma estrada, começa outra, termina um
colégio, aparece um hospital, termina um hospital, tem que fazer uma
barragem", explicou.
Base aliada
Mais uma vez questionado sobre o lançamento de seu nome ao Planalto,
no ano que vem, Campos voltou a responder que só discutirá a eleição em
2014. "O apressado come cru", justificou. O socialista também comentou a
situação do PSB na base aliada do governo federal – o partido comanda
dois ministérios e atua como aliado, mas tem o projeto de voo solo
praticamente garantido. Segundo Campos, porém, não é hora de tomar
atitudes que possam atrapalhar a administração federal.
"Veja que a nossa posição é de ajudar as conquistas, eu não participo
de nenhuma atividade para fragilizar a presidente Dilma", disse,
acrescentando que algumas de suas ideias nem sempre são condizentes com a
da chefe do Executivo. "Ela não tem que concordar comigo, mas eu tenho o
direito de ter opiniões diferentes". Apesar de dizer que tem uma boa
relação com Dilma, Campos afirmou que a postura de seu partido é a
independência, lembrando que a legenda só ficou na base aliada em 2010
por um pedido do ex-presidente Lula.