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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Assaltante do BC de Fortaleza é preso em São Paulo

Antônio Reginaldo foi presos após uma denúncia anônima - Reprodução TV Globo


SÃO PAULO - A polícia prendeu na noite desta quarta-feira, na Zona Sul em São Paulo, Antônio Reginaldo de Araújo,de 34 anos, procurado pelo assalto ao Banco Central, em Fortaleza, em 2005, de onde foram roubados quase R$ 165 milhões. Ele estava com documentos falsos em nome de Marcos Aparecido Sanches.
Após denúncia anônima, que detalhava até as tatuagens dos suspeito, o assaltante foi preso em frente a uma oficina mecânica na Avenida Teotônio Vilela, em Cidade Dutra. Ele não reagiu e disse à polícia que já gastou os R$ 5 milhões, sua parte no assalto.
- Ele acabou confessando a participação no assalto após dizermos que já sabíamos o nome verdadeiro dele. Tínhamos um mandado de prisão da justiça do Ceará. Ele afirmou que ficou com R$ 5 milhões, mas já gastou tudo. Ele até já fez novos roubos em São Paulo - disse o tenente Edson Jordão.
Mas aos jornalistas, Reginaldo negou tudo.
- Eu não peguei dinheiro e não roubei banco. Se eu tivesse pegado R$ 5 milhões você acha que eu estaria aqui? Só se eu peguei R$ 5 - disse Reginaldo.
Segundo a polícia, ele é um dos criminosos mais procurados no Ceará. No início da madrugada desta quinta-feira, o suspeito foi encaminhado para o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). Reginaldo será transferido para o Ceará.
Em junho, a polícia também já havia detido na Zona Sul de São Paulo Edézio Batista das Neves Sobrinho, um dos condenados pelo crime, que estava foragido desde que foi resgatado da prisão onde estava, no Ceará, em fevereiro deste ano. Ele foi preso por policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) em uma favela. Trinta e oito pessoas já foram presas e acusadas de participação no crime. Mais de 100 suspeitos foram detidos para averiguação.
No dia 5 de fevereiro passado, 10 presos foram resgatados do Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO II), em Itaitinga, no Ceará, por um bando armado. Entre os fugitivos estava Edézio e outros três integrantes da quadrilha que participou do furto ao Banco Central: Charles Morais, Fernando Carvalho Pereira e Marcos Rogério Machado de Morais, O "Rogério Bocão".
Na ação em Fortaleza, houve intenso tiroteio e uso de armas pesadas, como fuzis e pistolas ponto 40. O bando usou dois ou três carros na fuga. Um sargento e um agente penitenciário foram feridos. O objetivo do grupo armado que invadiu a unidade era libertar Alex Sousa Ribeiro, um sequestrador conhecido como "Alex Gardenal".
O assalto ao BC de Fortaleza ocorreu em agosto de 2005 e é considerado a maior ação contra bancos no Brasil. Usando um túnel cavado a partir de uma casa alugada ao lado do estabelecimento bancário, os ladrões roubaram R$ 165 milhões sem serem notados. Até hoje, a polícia não conseguiu recuperar a maior parte do dinheiro. Foram recuperados R$ 20 milhões em dinheiro e pelo menos R$ 30 milhões em bens adquiridos pelos criminosos.
O imóvel alugado, de acordo com a Polícia Federal (PF) foi utilizado como a sede da empresa fictícia "Grama Sintética", registrada no nome de Paulo Sérgio de Sousa, identidade falsa de Jorge Luiz da Silva, o "Mineiro".
Segundo a investigação, a preparação para o assalto durou aproximadamente três meses. Os criminosos escavaram um túnel de 78 metros, a partir da casa nº 1071 da Rua 25 de Março, que levava à parte interna do prédio do Bacen, roubado durante o fim de semana dos dias 6 e 7 de agosto. Como o banco, na ocasião, estava fechado, o assalto só foi descoberto na manhã da segunda-feira seguinte, por funcionários da instituição bancária.

Do: O Globo 

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