Atividade, que segue orientação do prefeito Edivaldo, é reforçada durante o período chuvoso; esta semana, equipes da Defesa Civil já vistoriaram áreas de encostas da Vila Embratel, Anjo da Guarda e Coroadinho
Agentes da Defesa Civil orientam moradores do Morro do Zé Bombom sobre como proceder em caso de deslizamentosA Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), está realizando diariamente o trabalho de monitoramento das áreas de risco catalogadas em mapeamento feito pela Defesa Civil, na capital. Entre as áreas vistoriadas esta semana estão encostas da Vila Embratel, Anjo da Guarda e Coroadinho. A ação consiste em visitas aos domicílios localizados em áreas com probabilidade de deslizamentos. O trabalho, que segue orientação do prefeito Edivaldo, tem como objetivo orientar as famílias que residem nesses locais e prevenir possíveis ocorrências de desabamentos, em decorrência do período chuvoso.
Segundo o titular da Semusc, Héryco Coqueiro, o monitoramento é constante e o trabalho é realizado de forma integrada com outros órgãos. Durante as vistorias também são identificados possíveis agravamentos em pontos de riscos catalogados, para que seja feito nesses locais um trabalho preventivo em defesa das famílias que vivem nessas áreas de risco.
"O Plano de Contingência colocado em prática na gestão do prefeito Edivaldo está ativo e em permanente alerta, com todos os órgãos envolvidos sendo sempre informados dos acontecimentos. A ação é um trabalho de rotina realizado anteriormente ao período mais crítico de chuvas mais intensas, mas, seguindo orientação do prefeito Edivaldo, intensificamos o trabalho durante o período chuvoso. Os moradores, por sua vez, são orientados por nossas equipes a como proceder ao verificarem sinais de desmoronamentos", ressaltou Héryco Coqueiro.
Ainda conforme o secretário, quando há necessidade de remanejamento das famílias, a Defesa Civil aciona a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) e o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) para a tomada de providências relativas ao acolhimento dessas pessoas, geralmente para inserirem como beneficiárias do aluguel social.
MONITORAMENTO
Segundo a superintendente municipal de Defesa Civil, Elitânia Barros, que coordena as equipes em campo, a programação do trabalho de monitoramento é feita de acordo com os índices pluviométricos verificados em cada região. Nesses locais, é feito o trabalho de orientação junto às famílias que vivem em casas edificadas em áreas como encostas e morros, por exemplo, para informá-las sobre a impossibilidade de continuarem no local. Durante a ação, quando verificado o risco, as famílias são notificadas do problema e orientadas sobre os programas sociais disponibilizados em apoio a situações do gênero.
"Nós identificamos os pontos de riscos, monitoramos permanentemente as áreas e orientamos as pessoas sobre os riscos iminentes de permanecerem no local. É um trabalho que fazemos o ano inteiro, por meio de visitas às casas construídas em áreas de encostas, realização de palestras educativas, distribuição de folhetos informativos, entre outras ações", observou Elitânia Barros.
O mapeamento das áreas de risco é realizado anualmente e serve também para consubstanciar o Plano de Contingência do Município, documento que estabelece os procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos na resposta a emergências e desastres, quando da atuação direta ou indireta em eventos relacionados a desastres naturais.
VISTORIA
Um dos 60 pontos considerados áreas de risco durante o período chuvoso se encontra no Morro do Zé Bombom, no bairro Coroadinho, mais precisamente na 2ª Travessa Dom Pedro, onde se encontra uma encosta. O local é monitorado permanentemente pela Defesa Civil que, inclusive já efetuou o deslocamento de famílias para outros bairros de São Luís.
O declive causado por chuvas na travessa atinge outras vias de acesso ao morro, como as ruas Bom Jesus e Duque de Caxias e a Travessa Santo Antônio. A vistoria realizada na quarta-feira (9) procurou verificar a condição física dos imóveis localizados ao longo da encosta. "A ação faz parte do nosso trabalho de prevenção permanente. Estamos sempre conversando com as famílias que residem no lugar e muitas já foram deslocadas para ambientes mais seguros, por meio do cadastro dos moradores no aluguel social", relata o agente da Defesa Civil, Lima Filho.
No local, casas, já vazias, acabaram sendo arrastadas por deslizamentos causados após fortes chuvas. "Nosso trabalho, é evitar que aconteçam acidentes de qualquer natureza com os moradores. Só nesse inicio de ano, já estivemos na Travessa Dom Pedro três vezes. E vamos continuar vindo, pois esse trabalho é feito tanto no período de estiagem como no chuvoso", acrescenta o agente da Defesa Civil.
A próxima moradora a ser deslocada da área da encosta é a dona de casa Rosinete Pereira Ferreira. Ela reside há 27 anos na Travessa Dom Pedro. Na casa, moram cinco pessoas, todas devidamente orientadas como proceder em momento de perigo. "Quando chove, a gente não dorme com o cadeado fechado no portão. A orientação é sair e não olhar para trás. Só lamento ter que deixar o lugar onde criei os meus filhos, mas sei que a segurança de todos é mais importante", afirma.
Rosinete Pereira Ferreira deve fazer a mudança definitiva da casa onde reside no Morro do Zé Bombom em breve, uma vez que já foi sorteada pela Prefeitura de São Luís com uma unidade no programa Minha Casa, Minha Vida. Outros moradores também já receberam orientação nesse sentido, alguns já têm cadastro no aluguel social, programa criado pelo Governo Federal, para auxiliar famílias em condições de moradia inadequadas e que não tenham renda suficiente para pagar a locação de um imóvel ou que estejam em locais com risco de desabamento. O cadastro e a triagem são feitas pela Prefeitura de São Luís.
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