O Reggae está sendo perseguido

A polícia precisa filtrar as denúncias que chegam por telefone na Delagacia de Costumes. No último domingo, duas festas de reggae foram paradas sem o menor respeito para com o público presente. As primeiras vítimas foram os regueiros, depois os promotores dos eventos e também os proprietários das radiolas Estrela do Som e Black Power Kriptonita que estavam tocando na Choperia Opção na Cidade Operária. A segunda foi a radiola Itamaraty do deputado federal Pinto Itamaraty que estava tocando na Choperia Fernando, no Anjo da Guarda. Na verdade existem pessoas das próprias radiolas fazendo denúncias vazias para prejudicar os colegas e o próprio reggae. Conversei com alguns agentes que participaram da operação de domingo à noite e eles me disseram que recebem as denúncias por telefone, mas não sabem na verdade quem está do outro lado da linha, no que na minha opinião, está completamente errado. Estranho é que nos grandes shows não existe esse tipo de atitude da polícia que nunca parou um show ou mandou baixar o som. Falta representação política no reggae e há muito tempo eu venho alertando sobre isso, porque no reggae não existe união e cada um puxa pra sua sardinha e o movimento cada vez mais sendo puxado para trás e ficando enfraquecido a cada ano por falta de união e profissionalismo por parte de alguns donos de radiolas. Segundo informações dos delegados, a operação deve continuar e o movimento reggae que completa em 2012, 400 anos, tende a cair muito com esse tipo de atitude das autoridades, que só valorizam o reggae em época de campanha.