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sexta-feira, 28 de março de 2014

Caso Dáhlia:Vizinhos desconfiaram de 'Cadeado' e mau cheiro

 Para a polícia, Raphael matou Dáhlia e, em seguida, cometeu suicídio.


 Do Imirante.com



SÃO LUÍS - O delegado Jeffrey Furtado informou na tarde desta quinta-feira (27) que o comportamento do companheiro da universitária Dáhlia Ferreira, Raphael Carvalho - até então principal suspeito do crime - foi determinante para a elucidação do crime. Dáhlia Ferreira era estudante de jornalismo em uma faculdade particular da capital e estava desaparecida desde domingo (23). Ela e Raphael Carvalho moravam juntos há cinco anos. Para a polícia, Raphael matou Dáhlia e, em seguida, cometeu suicídio.
Ainda de acordo com o delegado, dois aspectos foram importantes na investigação e levantaram suspeitas na vizinhança. Ainda no domingo, Raphael teria conversado com vizinhos e informado-os de que colocaria um cadeado num portão que dá acesso a um beco. As testemunhas disseram ao delegado que não havia necessidade de trancar o local e que nunca ninguém sequer comentou a medida.
Pouco tempo depois, o mau cheiro no local fez com que os vizinhos reclamassem com Raphael e, ao pedirem o cadeado para abrir e saber o causava o forte cheiro, ele disse que perdeu. "Primeiro foi a história do cadeado que ninguém entendeu. Em seguida ele inventou que tinha perdido, mas os vizinhos arrombaram a porta e encontraram um cadáver esquartejado envolvido em pedaços de uma rede e em sacolas. Depois disso, a informação que temos é de que ele viu que foi descoberto e se matou", explicou Furtado.

'Pedidos de oração'
Caso a autoria do crime seja atribuída, ao fim das investigações, a Raphael Carvalho, o caso vai revelar traços de personalidades semelhantes ao de um psicopata. Isso porque um dia depois do desaparecimento da companheira, Raphael havia feito um pedido por meio de um perfil que mantinha numa rede social.
O pedido era para que "amigos, paixões e confidentes' orassem para que a universitária fosse encontrada o mais rápido possível.O Médico Neuropsiquiatra Ruy Palhano disse que esse seria um caso típico de distúrbio de personalidade. "Somente uma avaliação poderia revelar qual seria esse distúrbio, mas, se confirmado mostra uma indiferença e dissimulação, especialmente quando ele pede aos amigos informações sobre a companheira, sendo ele o autor do crime."

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