Desde que chegou ao clube, camisa 10 enfrentou os rivais quatro vezes e não marcou. Neste domingo, adversário será o Botafogo
Ronaldinho fez um golaço no treino da tarde de quarta-feira. No fim da atividade técnica, o camisa 10 pediu bola na área, recebeu cruzamento de Léo Moura, matou no peito e emendou de bicicleta para a rede. Pena que não valeu nada. Mas se serviu de aquecimento para o clássico de domingo, contra o Botafogo, o craque do Flamengo mostrou-se afiado.
R10 ainda busca o primeiro gol sobre um rival. O vice-artilheiro da equipe na temporada - tem sete gols, três a menos que Thiago Neves - só marcou contra adversários pequenos e de outros estados (veja os vídeos com os gols sobre Bahia e Avaí). Desde que chegou ao Flamengo, em janeiro, Ronaldinho disputou quatro clássicos: empatou e ganhou do Botafogo e empatou com Fluminense e Vasco. Na semifinal da Taça Guanabara, o Fla venceu o Alvinegro nos pênaltis. Da mesma maneira, superou os cruz-maltinos na final da Taça Rio. Nem assim o meia-atacante marcou. Nas duas decisões, era o último da lista, mas não chegou a cobrar.
É uma situação diferente na carreira de Ronaldinho, um jejum inédito. Nos tempos de Grêmio, quando foi revelado, se destacou contra o Inter. Nas finais do Campeonato Gaúcho de 1999, fez o gol do título no Gre-Nal e humilhou o então volante Dunga com dribles ousados.
Com a camisa do Paris Saint-Germain, da França, também deixou sua marca no “Le Classique”, nome dado ao clássico contra o Olympique de Marseille, considerada umas das maiores rivalidades daquele país. Na temporada 2002/2003, o Gaúcho fez três gols no adversário: dois deles na vitória por 3 a 0, em outubro de 2002, e um no triunfo pelo mesmo placar, em março de 2003.
Na Espanha, Ronaldinho fez chover pelo Barcelona: gols, títulos e jogadas espetaculares. Encantamento pleno. O craque brincou de jogar bola. Duas vezes melhor do mundo (2004 e 2005), Bola de Ouro em 2005, bicampeão da Supercopa da Espanha, do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões da Europa. Contra o Real Madrid, o maior rival, não só fez gols como foi reverenciado no estádio Santiago Bernabéu. O maior show de Ronaldinho foi no campo do Real, no dia 19 de novembro de 2005. Marcou dois gols na vitória do Barça por 3 a 0. Após a partida, o camisa 10 foi aplaudido de pé pelos torcedores rivais, igualando o feito de Johan Cruyff e Diego Maradona em 1974 e 1983, respectivamente.
Mesmo sem ter brilhado na Itália, deu alegria aos torcedores do Milan contra o rival Inter de Milão. Em 28 de setembro de 2008, o então camisa 80 rossonero fez o primeiro gol dele pelo clube no dérbi, após passe de Kaká. Até marcar na vitória de 1 a 0, o craque havia entrado em campo quatro vezes pela equipe (três no Italiano e uma na Copa da Uefa).
Ronaldinho corre para se redimir da atuação discreta contra o Atlético-PR (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
Nem mesmo pela Seleção Brasileira Ronaldinho passou em branco contra um grande rival. Na final da Copa das Confederações de 2005, na Alemanha, o Brasil enfrentou a Argentina e goleou: 4 a 1. Capitão daquele time, o meia-atacante fez um dos gols. Adriano, duas vezes, e Kaká completaram.
Botafogo e Flamengo se enfrentam neste domingo, no Engenhão, às 16h (de Brasília), pela quarta rodada do Brasileirão. O Fla tem seis pontos e está em 11º na tabela, um ponto atrás do rival, que é o quinto.
globoesporte.com
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