O corpo do ex-governador Jackson Lago chega a São Luís nesta terça-feira às 14h30 em vôo da TAM proveniente de São Paulo.
Ele será velado na sede do PDT na Rua dos Afogados. O enterro acontece às 9h da manhã de quarta-feira no Parque da Saudade, no Vinhais.
O ex-governador do Maranhão, Jackson Kléper Lago, morreu às 17h45m desta segunda-feira, aos 76 anos, no Hospital do Coração, em São Paulo. Jackson sofria de câncer na próstata e estava fazendo tratamento de quimioterapia. Em dezembro do ano passado, numa viagem a Portugal contraiu uma pneumonia que nunca conseguiu curar devido à fragilidade de seu organismo. Jackson estava internado desde a última quarta-feira, por conta de uma insuficiência respiratória. Na ocasião, apresentava ainda sinais de cansaço, falta de ar e estado febril. Ele deixa mulher e três filhos.
Jackson Lago era médico e iniciou sua vida na política na década de 1960, participando de protestos contra a ditadura militar. Na década de 1970, na época do exílio em Lisboa, Jackson Lago, junto com Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e Neiva Moreira, foi um dos fundadores do PDT.
De volta ao Brasil, foi por três vezes prefeito de São Luís, capital maranhense. Suas gestões foram reconhecidas por avanços nas áreas de saúde, geração de emprego e renda, segurança pública, participação popular, infra-estrutura, meio-ambiente e cultura.
Em 2006 candidatou-se ao governo do Maranhão e foi eleito no segundo turno, ao derrotar a candidata Roseana Sarney, até então favorita ao cargo e dando um fim a 40 anos de dinastia da família Sarney no estado.
Sua vitória jamais foi aceita pela oligarquia Sarney e após assumir o mandato como governador, foi envolvido numa série de escândalos e teve seu nome envolvido na Operação Navalha, da Polícia Federal, acusado de ter recebido R$ 240 mil de uma empresa sediada em Salvador. Com apenas dois anos de mandato foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por 4 votos a 3.
Roseana Sarney, do PMDB, que havia ficado em segundo lugar nas eleições, assumiu o cargo. Aliado dos movimentos sociais, antes do seu julgamento no TSE, ele recebeu apoio dos sem-terra, que gritaram “Sarney nunca mais”. Ao menos 500 trabalhadores montaram um acampamento, à época, na Avenida D. Pedro II, em frente ao Palácio dos Leões, sede do governo do estado.
Em 2010, ele foi candidato ao governo do Maranhão, mas teve o pedido de registro de sua candidatura confirmado poucos dias antes da eleição pelo TSE. O registro havia sido aprovado pelo TRE-MA, mas foi objeto de um recurso do Ministério Público Eleitoral, que questionava a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. Lago foi derrotado por Roseana Sarney.
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