MARCAÇÃO DE CONSULTAS

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terça-feira, 20 de março de 2012

Robert Lobato comenta erros do prefeito João Castelo

Castelo dá exemplos de como perder uma eleição


João Castelo
 
 
Blog Robert Lobato
 
Não tem como ignorar a experiência política do prefeito João Castelo nesse tempo todo em que está no exercício da vida pública.
E é justamente por esse acúmulo conquistado pelo ex-governador e ex-senador, que torna difícil de entender porque o tucano consegue cometer um erro atrás do outro, além de ter deixado de fazer uma gestão que o deixasse numa situação mais confortável a pouco mais de seis meses das eleições municipais.
Como explicar, por exemplo, a debandada de aliados importantes como Roberto Rocha, Edivaldo Holanda e Edivaldo Holanda Jr? Como achar natural que o PDT, PPS, PSB, só para citar esses três, estejam cada vez mais longe do projeto de reeleição do prefeito? Como explicar o fato de um ex-governador como Castelo ter deixado obras e programas sociais que até hoje estão no imaginário popular, e como prefeito não ter conseguido, até o último ano de governo, convencer a maioria da população de que faz uma boa administração?
Muitas seriam as respostas para os questionamentos acima. Mas, talvez, o que  mais poderia explicar a situação embaraçosa, para dizer o mínimo, na qual o prefeito se encontra é a arrogância política do prefeito e, por conseguinte, da sua gestão como um todo.
João Castelo aprendeu, ao longo da vida, acreditar que sabe de tudo, que conhece todo mundo, que todos são seus amigos e estão prontos a atender os seus pedidos com um simples estalo de dedos.
O pior é que esse tipo de comportamento faz com que os seus auxiliares mais próximo não sintam-se à vontade para dizer, quando necessário, que o chefe está errado. De auxiliares, os membros da sua equipe se tornam um monte de puxa-sacos, bajuladores.
É possível que Castelo não faça ideia de como se encontra os bastidores da sua administração, pois, é possível também, que os relatórios que chegam a sua mesa e ao seus ouvidos dão conta de que tudo está a mil maravilhas, que faz uma administração de primeiro mundo. Aliás, muitos estão mais preocupados com os “negócios” do que com os resultados da gestão em prol da cidadania dos ludovicenses.
Por tudo isso, Castelo se tornou uma presa fácil para ser abatida eleitoralmente: vai muito ruim na política, sofrível na infraestrutura, questionável na educação, na saúde, além de péssimo na relação com a imprensa.
O engraçado, não fosse trágico, é que ninguém tem coragem de falar essas coisas para o prefeito, que caminha acreditando, profundamente, que é o melhor gestor do Brasil.

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