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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Soninha, 4 anos depois, denuncia caixinha no PT

Soninha, 4 anos depois, denuncia caixinha no PT 
 
Vereadora de São Paulo afirmou ter sido cobrada pelo diretório municipal do partido para repassar 5% dos salários dos funcionários de seu gabinete, filiados ou não, entre 2005 e 2007, quando militava na sigla. “Agora que ela vem falar disso?”, ironizou o atual presidente do PT paulistano, Antônio Donato

A vereadora de São Paulo Soninha Francine (PPS) denunciou a existência de caixinha no PT, partido pelo qual militou entre 2005 e 2007. Segundo a pré-candidata à prefeitura da capital paulista, que concedeu entrevista ao site Congresso em Foco, o diretório municipal do partido exigia que ela repassasse 5% do total de R$ 60 mil mensais disponíveis para cada um dos 12 vereadores, à época, para as despesas do gabinete, independente da filiação. “Eu achava isso um absurdo. Todo mês a gente quebrava o pau”, contou Soninha ao portal. No início de dezembro, o noticiário brasiliense publicou documentos que compravam o mesmo esquema realizado no Partido Social Cristão (PSC), que também ficava com 5% dos salários dos funcionários comissionados da Câmara.
Licenciada para atuar numa autarquia do governo do estado, a vereadora denunciou: “A direção partidária exigia uma porcentagem sobre a gratificação de todos os assessores nomeados no gabinete, fossem eles filiados ao PT ou não”. Em resposta às denúncias, o líder do PT na Câmara de Vereadores e ex-presidente municipal da legenda, Ítalo Cardoso, negou a cobrança de valores de funcionários sem filiação ao partido. Segundo ele, só filiados são obrigados a contribuir. “Se a Soninha tem outro tipo de relação, eu não tenho nada com isso”, afirmou. Cardoso garantiu que a cobrança compulsória da ‘caixinha’ de funcionários ligados ao PT nunca existiu e até hoje não existe. O atual presidente do diretório municipal, Antônio Donato, afirmou que a cobrança é feita apenas aos filiados do partido, e ironizou Soninha: “Agora que ela vem falar disso?”. Tanto Cardoso como Donato afirmaram que Soninha deve recorrer à Justiça. “Se teve algum problema com ela, ela que procure o que achar de direito”, avaliou o presidente do PT local.
Segundo a reportagem, Soninha reconhece que parte dos funcionários de seu gabinete à época eram filiados ao PT e contribuíam por força do estatuto, apesar de haver uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral que considera também essa hipótese ilegal. Mas sustentou a versão de que a cobrança era feita sobre todos e que a pressão era constante. “Vinha sempre alguém representando o diretório zonal: ‘Ó, tá na hora de pagar a contribuição mensal. São 5% sobre a GNA [nome da verba de gabinete disponível para contratar funcionários]’”. Confirmada a versão de Soninha, a reportagem estima que o PT municipal poderia arrecadar R$ 36 mil mensais em todos os 12 gabinetes de vereadores, ou R$ 468 mil por ano. Para a vereadora, trata-se de uma apropriação de dinheiro público em benefício de uma instituição privada, um partido político.

brasil247.com

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