A declaração é do deputado Edilázio Júnior (PV), feita em discurso nesta quarta-feira na Assembleia, onde praticamente anunciou seu rompimento com o governo Roseana Sarney (PMDB). Por conta de sua “coragem”, foi bastante elogiado pelos deputados de oposição.
Conforme o blog tinha adiantado ontem (veja post abaixo), o parlamentar criticou o processo seletivo realizado pela Secretaria de Saúde para contratação de profissionais para hospitais e UPAs construídos pela administração estadual.
O deputado “verde” classificou o processo seletivo de “fajuto, apadrinhamento ou de indicação política”. Ele colocou seu gabinete à disposição de profissionais que queiram fazer denúncias. Prometeu denunciar o caso ao Ministério Público Estadual e Federal.
“Isso me envergonha. Sou governista por convicção, por achar que o grupo do qual eu votei e pedi voto é o melhor para o nosso Estado, não por benesses, diferentemente de muitos que hoje são governistas”, discursou.
Na verdade, Edilázio agiu por conta de interesses contrariados. Ele reclama de não ter conseguido emplacar apadrinhados na UPA de Timon, prestes a ser inaugurada. Ele responsabiliza o secretário Ricardo Murad por seu “desprestígio”.
Nesta terça-feira (22), ele esteve no Palácio dos Leões com a prefeita Socorro Waquim (PMDB) choramingando. “Eu fui cobrado (por eleitores). A cobrança vem para cima de mim e eu acabo ficando encurralado contra a parede”, admitiu.
O deputado Magno Bacelar, do mesmo PV de Edilázio, criticou em tom irônico o discurso do colega. “A gente não pode fazer este tipo de indicação porque é crime de improbidade. Às vezes a gente age emocionalmente por alguma questão. Não sei qual questão está levando vossa excelência a se desestruturar”, ironizou.
Blog do Décio
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