Operação de resgate foi interrompida por volta das 2h desta segunda-feira.
Sete pessoas ainda estão desaparecidas, calculam os bombeiros.
O Corpo de Bombeiros retomou por volta das 6h desta segunda-feira (23) o resgate de sete pessoas que estão desaparecidas após um naufrágio no Lago Paranoá, em Brasília. O acidente aconteceu por volta das 21h e as primeiras buscas seguiram até cerca de 2h desta segunda.
“As equipes que começaram o resgate ontem retomaram a operação agora (manhã de segunda). Já temos um barco para avaliar a situação, vamos fazer uma varredura para ter uma ideia melhor da situação”, disse o major Adriano Azevedo, chefe da operação, no começo da manhã.
Neste domingo, 25 mergulhadores participaram do resgate. Um helicóptero também foi utilizado. Segundo o major Azevedo, a aeronave não será necessária inicialmente na retomada da operação.
De acordo com os bombeiros, mais de 90 pessoas foram resgatadas na noite do acidente. Sete pessoas ainda estavam desaparecidas no início da manhã desta segunda. O Hospital de Base e o Hospital Regional da Asa Norte, para onde foram levadas as vítimas que precisaram de atendimento médico ainda não têm informações sobre o estado de saúde dos resgatados.
Naufrágio
Quando ocorreu o acidente, era realizada no barco uma festa organizada por um buffet.
Quando ocorreu o acidente, era realizada no barco uma festa organizada por um buffet.
Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que 104 pessoas estavam a bordo da embarcação. Por volta de 1h desta segunda, o coronel Luis Blumm, do Comando Operacional do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. informou que não era possível dizer o número exato de pessoas a bordo na hora do acidente. “Não recebemos uma lista fechada dos passageiros do barco, por isso não é possível dizer por enquanto quantas pessoas estavam a bordo”, afirmou.
Entre os desaparecidos, está Valdelice Fernandes, de 34 anos, mãe do bebê de seis meses que morreu afogado no acidente. De acordo com o Blumm, o bebê foi retirado da água pelos bombeiros e recebeu massagem cardíaca, mas não resistiu e morreu na margem do lago.
Causas do acidente
O delegado da Marinha Fábio Rogério Leite Sousa afirmou que abriu um inquérito administrativo para apurar as causas do acidente. Ele disse que há indícios de que havia excesso de passageiros. Segundo ele, a embarcação tinha capacidade para 90 pessoas, sendo que o Corpo de Bombeiros havia resgatado, até a 1h desta segunda-feira, 92 pessoas.
O delegado da Marinha Fábio Rogério Leite Sousa afirmou que abriu um inquérito administrativo para apurar as causas do acidente. Ele disse que há indícios de que havia excesso de passageiros. Segundo ele, a embarcação tinha capacidade para 90 pessoas, sendo que o Corpo de Bombeiros havia resgatado, até a 1h desta segunda-feira, 92 pessoas.
Outra hipótese que poderia ter provocado o acidente é um suposto choque da embarcação com uma lancha.
Sousa disse ainda que os documentos da embarcação estavam em dia. O delegado não soube dizer com certeza de onde a embarcação partiu. Em nota, a Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade) informou que o barco se chamava Imagination, que era de propriedade particular e que teria saído do clube Cota Mil.
Relatos de vítimas
Antes de prestar depoimento na 10º Delegacia de Policia de Brasília, o comandante do barco, Airton da Silva Maciel, de 28 anos, disse à TV Globo que a embarcação passava por reformas. Ele afirmou que, frequentemente, se dirigia à casa de máquinas para checar se havia infiltração de água. Em uma dessas vistorias, ele disse que verificou a água entrando rapidamente. Em seguida, o barco começou a virar.
Antes de prestar depoimento na 10º Delegacia de Policia de Brasília, o comandante do barco, Airton da Silva Maciel, de 28 anos, disse à TV Globo que a embarcação passava por reformas. Ele afirmou que, frequentemente, se dirigia à casa de máquinas para checar se havia infiltração de água. Em uma dessas vistorias, ele disse que verificou a água entrando rapidamente. Em seguida, o barco começou a virar.
Parte dos ocupantes da embarcação recebeu os primeiros socorros no clube Ascade, que fica perto do local do acidente.
Por volta das 23h15, algumas vítimas resgatadas começaram a deixar o clube. Uma das primeiras vítimas a deixar o local após receber os primeiros socorros, Jéssica Yvi, de 22 anos, disse que o barco começou a virar rapidamente. "Estávamos lá e, de repente, uma mulher pediu para todos irem para a frente do barco. Ele [o barco] foi virando e afundando", afirmou.
Magno Moreira, de 22 anos, contou que a festa era paga, com entrada a R$ 60, e tinha bebida liberada. “Uma hora depois de entramos no barco, fui ao banheiro e vi que começou a subir água. Logo depois, em dez minutos, a embarcação virou e afundou. Eu não sei nadar e me apoiei em um pedaço do barco que ficou para fora [da água]", contou. De acordo com o jovem, havia cerca de 20 de coletes salva-vidas na embarcação.
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