RIO - Pais, parentes e amigos da menina Lavínia, de 6 anos, que foi assassinada pela amante de seu pai, acompanham o velório no Cemitério Municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O pai de Lavínia, Rony dos Santos, chegou amparado e carregado por amigos. Andréia Azeredo, mãe da criança, não quis falar com os jornalistas. O corpo da criança chegou ao por volta das 8h20m.
Pai da menina assassinada |
Moradores de Caxias fazem um protesto em frente ao cemitério exigindo alterações no Código Penal. Eles pedem a pena de morte para Luciene Reis Santana, ex-amante de Rony, assassina confessa da menina. Um cartaz foi colado ao lado da capela onde familiares e amigos de Lavínia velam a menina.
A Justiça determinou a prisão temporária por 30 dias de Luciene, de 24 anos. Ela confessou o crime no início da tarde desta quarta, em depoimento na 60ª DP (Campos Elíseos). Também no início da tarde desta quarta-feira, a polícia divulgou imagens gravadas pelo circuito interno de segurança de um ônibus em que a menina estava com a amante do pai, na última segunda-feira. Elas entraram no ônibus às 6h25m e desceram às 6h50m. Na foto, a menina está de roupa rosa e tênis branco, de mão dada com Luciene, de blusa listrada. Luciene foi transferida por volta das 22h10m desta quarta-feira para a carceragem da Polinter de Magé. Rogério, tio da criança, disse, no velório, que a família espera a justiça dos homens para o caso, com a condenação de Luciene. Ele contou que Lavínia era uma criança tímida em algumas situações e que gostava de dançar e de estudar.
Prisão e confissão nesta quarta
Luciene foi presa na manhã desta quarta-feira, em Jardim Gramacho, local onde ela receberia R$ 2 mil para entregar a menina. O encontro foi uma emboscada planejada pela polícia com o auxílio do pai de Lavínia, Rony dos Santos Oliveira, e pelo ex-marido dela, Euzimar de Oliveira Silva. Apontada desde o início pela família de Lavínia como a principal suspeita do desaparecimento, Luciene prestou dois depoimentos na 60ª DP (Campos Elíseos) negando envolvimento no caso. A amante culpava o ex-marido pelo sequestro. Luciene ainda ameaçou Euzimar para que ele não fosse à delegacia prestar depoimento. Para o delegado Robson da Costa, Luciene premeditou o crime.
Ardilosa, Luciene chegou a apresentar um álibi: pediu para que a polícia confirmasse que ela havia usado o RioCard no ônibus para ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Centro de Caxias. No entanto, as imagens do circuito interno de TV do coletivo comprovaram que ela usou o transporte para levar a menina ao hotel, onde aconteceu o assassinato.
Ela foi indiciada por sequestro seguido de morte, cuja pena varia de 24 a 30 anos de prisão. A notícia da prisão de Luciene atraiu uma multidão à porta da 60ª DP, aos gritos de "assassina, assassina, justiça". À noite, policiais tiveram que jogar spray de pimenta para conter a multidão, que conseguiu passar o cordão de isolamento.
Lavínia havia sido reconhecida por funcionários do hotel onde o corpo da menina foi localizado nesta manhã. O corpo foi encontrado por uma camareira nno quarto 406 do Hotel Municipal, no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela teria sido enforcada com o cordão do tênis e asfixiada com uma toalha no rosto. A menina, que vestia short e camisa, e tinha ferimentos no rosto, estava embaixo de uma cama. O crime teria ocorrido na própria segunda-feira. Lavínia completaria 7 anos no dia 13 de março.
Lavínia havia desaparecido de dentro de casa, na Rua Nossa Senhora das Graças, bairro do Divino, também em Duque de Caxias, na madrugada de segunda-feira. A menina sumiu de dentro do quarto onde dormia por volta das 5h de segunda-feira. Quando acordou, a mãe já não encontrou mais a filha em casa. Andreia Azeredo percebeu que uma das janelas e a porta estavam abertas. A casa não tinha sinais de arrombamento. Para chegar à janela do quarto da menina, é necessário passar pelo portão da casa e pela garagem.
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