Do Site brasil247
Atrasos nos estádios e nos projetos de mobilidade urbana podem levar a entidade máxima do futebol a repetir o que ocorreu em 1986, quando o Mundial foi transferido da Colômbia para o México; americanos já estão de sobreaviso
No dia 26 de maio deste ano, o 247 foi a primeira publicação a alertar sobre o risco de que o Brasil perdesse a Copa do Mundo de 2014 para os Estados Unidos, em razão dos atrasos nas obras dos estádios e dos projetos de mobilidade urbana. Naquele momento, já estava claro, para quem acompanha os movimentos da Fifa, a entidade máxima do futebol mundial, que os Estados Unidos, organizadores da Copa de 1994, vencida pelo Brasil, já se articulavam para sediar também o evento de 2014. Neste fim de semana, diversas publicações alertam que o risco é real. Eis os motivos:
• As obras de praticamente todos os estádios estão atrasadas. Em muitos casos, os problemas são superfaturamento e esquemas com empreiteiras.
• Os projetos de mobilidade urbana não saíram do papel e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, já falou até em decretar “feriados” nos dias dos jogos – o que apenas evidenciaria a incapacidade do País em organizar um evento de porte mundial.
• A Lei Geral da Copa, enviada ao Congresso Nacional no último dia 19 pela presidente Dilma, desagradou, e muito, a Fifa, que pretende ter o controle total sobre temas como credenciamento de jornalistas, vendas de ingressos, gratuidades (a Fifa é contra meia entrada para idosos, por exemplo) e proibição contra o marketing de emboscada – como a entidade tem acordos globais com cervejarias e outras marcas, pretende defender seus parceiros comerciais.
• Além de tudo isso, é péssima a relação entre o governo Dilma e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, que sonha em assumir o comando da Fifa após o Mundial de 2014.
Jerome Valcke já perdeu a confiança no ministro dos Esportes, Orlando Silva, e admite a interlocutores que pensa num plano B. Este plano B existe e foi publicado aqui no 247, em maio: USA.
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